terça-feira, 22 de novembro de 2011

Musical

Vivo para a música,
vivendo em sua busca
com ela marcando meu compasso
e sendo minha bússola.


É como se todo dia
eu acordasse gritando em clave de sol,
ajustando a harmonia,
dançando um ritmo sem nó.


E nos dias tristes,
lamentasse em dó,
descompassando o intervalo
e revelando a melodia.


Tocando meu corpo
por semibreves momentos.
Tornado-me mínima
em sons agudos.


Sem pestanejar,
meu bolero dança a balada,
ao som do barítono 
fazendo serenata.


E nessa imensidão musical, 
fez-se da orquestrada sinfonia
uma doce sonatina,
musicando a poesia.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

.

Eis aqui um pouco da minha opinião (e indignação) perante os acontecimentos dos últimos tempos.
Como muitos brasileiros acreditam, o papel da PM seria a proteção de toda a população, em busca da segurança desta e da garantia de seus direitos. E, como sabemos, a mídia valoriza este pensamento, tratando-os como heróis da nação. Era assim que eu os via, há muito tempo atrás, quando assistia a todas as edições dos jornais da Globo, Sbt e Record. No entanto, agora, com mais acesso às verdadeiras informações, presenciando pessoalmente alguns acontecimentos e separando o joio do lixo divulgado pela imprensa, vejo que esses "heróis" pertencem a uma "Liga da Justiça" corrupta, que valoriza os interesses individuais e despreza aqueles a quem deveria defender. Isso nos mostra que a imprensa também é governada por essa "Liga". 

Acredito que o caso da USP vá muito, mas muito mais além dos problemas  com a maconha, e quem está lá dentro sabe disso (ou deveria saber). Se há pessoas que usam ou não esse produto, o problema e a saúde são delas. Aí, quem assistiu o primeiro Tropa de Elite vai dizer: " Estão financiando o tráfico". É, realmente estão. Mas todos nós os financiamos, usando ou não narcóticos. Nós financiamos porque financiamos o governo. Ele sim financia fortemente o tráfico. E como ele financia? Ora, vou lhes contar. Vocês realmente acreditam que todas as empreitadas contra a descriminalização da maconha visam defender as futuras gerações dos malefícios da erva? Ah, meus amigos, saibam que não. Saibam que a corrupção no Brasil está profundamente envolvida com o tráfico e que este é quem realmente gerencia nosso país. A liberação da venda da maconha praticamente quebraria os cofres do traficantes, quebrando com todo o esquema de lavagem de dinheiro dos corruptos governantes. E digo isso sem poder provar (mesmo que faça todo sentido) porque as provas sempre são "apagadas". Mas, sem medo, afirmo que o tráfico de armas, drogas, etc financia a campanha  política de grande parte dos candidatos que foram eleitos. E estes devem pagar pelo investimento que os traficantes fizeram para lhes comprar a vaga no poder político brasileiro. E pagam trabalhando e roubando a favor daqueles.

É assim que funciona, e os estudantes politizados sabem disso. Não importa se eles "fumam" ou não. Vocês que mal julgam aqueles que corrompem a política brasileira e toda a esperança da população, como podem julgar aqueles que tentam abrir seus olhos? Esses estudantes, tão contestados pela mídia (pertencente à "Liga da Justiça"), tão criticados por vocês, estão lutando para que toda essa situação de controle e alienação mude. E ainda há pessoas que dizem que eles não merecem estar nos bancos de uma universidade. É claro que há uma minoria que não valoriza a oportunidade de estudo que está em suas mãos, mas, veja, é uma minoria! Ora, se os estudantes não merecem essa oportunidade, então entramos em outra discussão: o sistema de vestibulares, ENEM, tão elogiados pelo governo como ótimos métodos de seleção. Essas pessoas, sentadas nos bancos universitários, estudaram muito e passaram por essas avaliações com sucesso, o que mostra que o próprio governo afirma que eles merecem essa oportunidade. Um tiro no próprio pé, como sempre.

Viram como não é tão difícil perceber como tudo está controlado e direcionado para que a população não saiba o que realmente acontece no Brasil (não só dentro das cidades universitárias)? Pois eu lhes afirmo: estudante não é vagabundo. Estudante é o profissional que assumirá seu cargo em menos de 10 anos, para atuar na sociedade e garantir que o mercado de trabalho não fique estagnado. Todo esse discurso feito contra os estudantes tem o objetivo de manter a desvalorização pública da educação brasileira. "O Estado não é o problema, os estudantes é que o são!" Quem? Os problemas são aquelas pessoas que não têm transporte decente para poder chegar na escola? Aquelas que não têm condições de comer na unidade de ensino, porque esta não lhes proporciona o alimento? Aquelas que estudam mais de 8 horas por dia, sem contar as horas de estágio e trabalho, para se tornarem aptas a exercer nobremente suas funções? Aquelas que querem melhorar a comunidade na qual estão inseridas, a mesma comunidade abandonada por seus chefes e administradores? Então, meu povo, realmente somos o problema?

Digo que vagabundos são aqueles que ocupam prédios públicos como Senado, Câmaras, Prefeituras e Palácios, após uma votação ás cegas de uma assembleia de 190 milhões de pessoas. Creio que os policiais deveriam agir, com suas tropa de choque e cavalaria, e seus gases lacrimogênios, contra essas pessoas, porque elas destroem nosso patrimônio público, além de desviar todos os recursos que investimos. As ocupações estudantis raramente são violentas e usurpadoras. Os estudantes não usufruem do funcionários dos prédios ocupados, pedindo que estes lhe sirvam bolachas e cafés, enquanto dormem em suas cadeiras e reuniões. Não! Os estudantes buscam seus direitos, os direitos de toda a sociedade. E eu digo direitos, no plural, porque não é só o direito de fumar maconha (que não está em pauta na USP!), mas o direito de uma segurança sem repressão, de liberdade de opinião, de democracia. E sim, nós sabemos o que este último substantivo significa.




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Morrendo de amores

Ah! Como estou a morrer de amores!
Sem me importar se vai durar,
sem ter medo de errar.


Minha vida tem sido um vai-e-vém
de amar e mais amar, 
sem esperar o outro se importar,
sem nem cansar.


Amar sem pensar
no que todos os outros vão achar.
Amar sem condenar,
amar e só amar.


Sentir sem saber se vai dar certo
Sentir sem saber se está certo.
Esta tem sido minha vida:
viver a morrer de amores.