segunda-feira, 8 de abril de 2013

Casmurrando




Cá estou
náufrago em tuas pupilas,
afogado em ti, 
menina.
Acaso não me vês,
querida,
cego por ti?

O que queres de mim,
menina?
Que quando te vejo
faz me sentir louco
assim.
Tu te vês,
pequena,
tão linda em mim?

Por onde andas,
paixão,
me deixando aqui
na companhia da solidão?
Cansei de sonhar,
bonita,
e já não consigo mais me resgatar
das teias de tua íris.

Te amo,
meu amor,
embora não admita
carregar tamanho fardo.
Te amar é um fardo,
querida,
que pesa em meus ombros
deixando-me cada dia mais
insensato.

Malditos sejam,
Capitolina,
teus benditos olhos de ressaca.