Dia 11 de maio de 2011. Aconteceu hoje uma manifestação dos estudantes da Unesp, campus de Botucatu, para pedir um Restaurante Universitário acessível a todos. Estiveram presentes mais de 350 alunos no protesto, portando faixas nas quais estavam escritos dizeres como: “Queremos R.U.!”; “Até quando seremos feitos de bobos?”. A passeata iniciou-se às 10hs, e percorreu os arredores do Hospital Veterinário, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, o Pronto Socorro, passando em frente aos prédios da Faculdade de Medicina e do Hospital das Clínicas e centrais de aulas do Instituto de Biociências, terminando em frente ao prédio da Administração Geral do Campus (GAC). Após a manifestação, os alunos participaram de um almoço coletivo em frente ao prédio. Durante esse almoço, o senhor Carlos se reuniu com alguns representantes dos alunos e afirmou ter recebido um telefonema do Vulcano, dizendo que o GAC perdeu o interesse em conceder o prédio do Restaurante Universitário para o Hospital das Clínicas, o que significou uma vitória para os estudantes. Logo depois aconteceu uma assembléia, na qual foi votada a ocupação do prédio da Administração. Após essa proposta ser aprovada, os alunos adentraram no prédio, PACIFICAMENTE, e pediram para que os funcionários se retirassem do local, para que a ocupação pudesse começar. Infelizmente, alguns funcionários não entenderam o espírito da manifestação e chamaram alguns alunos de “vagabundos”. Logo depois, aconteceu uma reunião com o responsável pela Administração neste dia (Carlos), pois o Diretor do GAC, senhor Vulcano, estava em Bauru, num encontro dos representantes de alguns campi da Unesp.
Após a reunião, Carlos saiu do prédio escoltado por homens da Polícia Militar, sem motivo aparente. No final da tarde, ele voltou, afirmando ter feito um Boletim de Ocorrência no qual estavam os nomes de alguns alunos que participaram da manifestação e um pedido de Reintegração de Posse, o qual seria encaminhado para o juiz do município. Os policiais conversaram com os estudantes com o intuito de convencê-los a desocupar o prédio. Ao ser questionado de como a polícia militar agiria caso os alunos se recusassem a cumprir a ordem judicial, um policial alegou: “Nós entramos em penitenciária com mais de 5000 presos, o que seria remover ‘algumas’ pessoas?”.
No início da noite, o juiz assinou o pedido e os estudantes desocuparam pacificamente o prédio, mas com gritos de protesto. O prédio foi fechado pelo senhor Carlos e os policiais foram embora. Ainda assim, cerca de 50 estudantes dormirão na frente do prédio, sem “interferir no direito de ir e vir das pessoas”, como disse um dos policiais presentes. Amanhã, dia 12 (quinta-feira), haverá uma reunião, às 9hs com o Diretor Vulcano, para discutir os pedidos dos estudantes.